" Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias. "
( Caio Fernando Abreu )

terça-feira, 13 de março de 2012

A escada

De tudo se tira um proveito e deste proveito uma lição. Fui com meu noivo na casa de um tio meu que tinha feito uma reforma na casa, e lá havia um escada de madeira, parecia muito frágil para a sustentação de uma pessoa, porém, era nova. E orgulhoso que estava meu tio, ele pediu para que subíssemos e contemplássemos a paisagem e a reforma.

Meu noivo subiu, porém, eu ainda tentei, mas o meu medo não permitiu tal façanha. Mesmo depois de muitas tentativas e incentivos dos que estavam presentes não consegui subir e fiquei decepcionada comigo mesma. Primeiro, porque percebi que não era capaz de superar alguns obstáculos, e segundo, estava morrendo de vontade de olhar lá em cima.

Logo depois de admitir minha derrota, comecei a refletir sobro o assunto. O medo nos paralisa tanto que nos impede de apreciar sensações e ainda nos convence de que não somos capazes. Com isso, tendemos a ver somente o que está ao nosso redor, chegando assim a atrofiar nossa força de vontade. Não que o medo não seja fundamental; ele serve para aceitar-mos nossas limitações, contudo, em excesso torna-se prisão.

Percebi que perdi a oportunidade de ver "além de onde estou", pois, só amadureceria quando enfrentasse o que me amedronta. As vezes, o medo de arriscar não é outro fator senão pensar na queda, no fracasso. Temos mania de pensar negativamente e planejar o ato pós-fracasso e esquecemos de criar o hino para a possível vitória que virá.

Com isso, só enxergamos o que já não é novidade, chegando a nos ser escuro onde estamos, digamos que o que vemos é cinzento. O medo nos condena a sermos acomodados em nossas "caixinhas de fósforos" vendo tudo sempre igual e evitando pensar na palavra "mudança". Se não tivermos a intenção de querer com Q maiúsculo, arriscaremos nossos sonhos e planos e banalizaremos nossa vida a ponto de não mais viver para ser feliz e sim para alimentar um elemento que seu estomago não tem fim: O MEDO.

Todos nós temos receio de algo, chegando a nos aprisionar, mas cabe a nós saber com quem fica a chave que tranca a corrente, você ou o fracasso. Se o fracasso tomar posse desta chave, só contemplaremos o que ele nos permitir, mas, se pela astúcia guardarmos a chave, com certeza saberemos a hora certa de usá-la e desfrutaremos de tudo o que estiver ao nosso alcance, nosso ser não mais será cinzento e a cada destranque veremos que existe uma nova cor na vida.

Para mim, basta subir a escada e ver que o andar de cima pode ser frequentado por mim, basta que eu queira fazer parte deste momento. Para nós, no geral... ARRISCAR! É a palavra "chave". E quer saber como fazer isso??? Basta subir mais um degrau.

Espero que eu tenha conseguido passar minha sensação daquele momento para vocês. 
Até a próxima!
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